Operação redução de acidentes nas férias de verão

Operação redução de acidentes nas férias de verão

 

Desde o dia 06 de dezembro a Polícia Rodoviária Federal (PRF) trabalha na Operação Integrada Rodovida 2018/2019. Pelo oitavo ano consecutivo, forças federais, estaduais e municipais atuam conjuntamente a fim de tentar evitar acidentes de trânsito. Na prática, o policiamento nas estradas federais começou no dia 14 de dezembro.

Esta operação vai priorizar o reforço da fiscalização nos pontos críticos das rodovias e vai abranger as festas de Natal e Ano Novo, férias escolares e Carnaval – feriados marcados pelo aumento no fluxo de veículos e de passageiros. O primeiro período irá de 14 de dezembro a 31 de janeiro. Já a segunda etapa ocorrerá entre 22 de fevereiro até 9 de março de 2019.

Ao longo do período, a PRF e os demais órgãos públicos vão intensificar a fiscalização para coibir, principalmente, ultrapassagens irregulares; excesso de velocidade; consumo de álcool; atropelamentos de pedestres e o trânsito irregular de motocicletas. Simultaneamente, circularão campanhas publicitárias de conscientização em todo o Brasil.

De acordo com Renato Dias, diretor geral da PRF, além de garantir segurança e conforto aos usuários das rodovias federais, a iniciativa visa a cumprir o compromisso que o Estado brasileiro assumiu com a Organização das Nações Unidas (ONU), se comprometendo a reduzir em 50% o número de mortos e feridos em acidentes de trânsito.

“O Brasil é signatário da Década Mundial de Segurança Viária 2011/2020 e tem que fazer um esforço operacional para reduzir e cumprir a meta de reduzir em 50% a letalidade. Somente nas rodovias federais, desde 2011, já conseguimos reduzir em 30% o número de mortos e em 32% a quantidade de acidentes graves”, afirmou Dias.

Segundo o Ministério da Saúde, o percentual de redução de óbitos por acidentes, quando considerada a malha viária nacional, é de apenas 12,8%. A diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissível e Promoção da Saúde, do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, informou que cerca de 35 mil pessoas morreram ou ficaram gravemente debilitados em função de acidentes de trânsito registrados em 2014.

“Isso impacta as famílias, a sociedade e os investimentos públicos. Ao reduzir o número de acidentes graves e a mortalidade, estamos conseguindo não só salvar vidas e evitar que muita gente fique com uma deficiência para o resto da vida, mas também economizando milhões que podem ser investidos em outras áreas prioritárias.”

Segundo Fátima, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta cerca de R$ 500 milhões ao ano só com a hospitalização de pessoas acidentadas no trânsito. “Economizando com os tratamentos, podemos investir mais em prevenção e no tratamento de doenças para as quais o orçamento também é limitado.”

A PRF calcula que os cofres públicos economizaram bilhões com a redução no número de acidentes sem vítimas. Enquanto em 2012 os sinistros acarretaram um custo total de R$ 12,9 bi para os cofres públicos (mesma quantia gasta em 2013), em 2017, foram gastos R$ 8,9 bilhões.

O então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante a cerimônia de lançamento da Operação Integrada Rodovida, destacou que as medidas que vem sendo adotadas desde 2011 ajudaram a salvar 6.435 vidas nos dois últimos anos – resultado obtido a partir do cálculo feito pela PRF caso a quantidade de acidentes tivesse mantido o crescimento verificado há sete anos.

“Embora os números ainda nos preocupem, estamos certos de que a PRF e os órgãos que compartilham deste trabalho acelerarão nesta tendência de queda para que, ao fim de 2020, quando se encerra a Década do Trânsito Seguro, possamos dizer que reduzimos os acidentes”, disse Jungmann.

Fonte: Agência Brasil